
Orientação vocacional
Escolher uma profissão é muito mais do que preencher um formulário do vestibular ou responder “o que você quer ser quando crescer?”. Para muitos adolescentes, essa é uma fase vivida com dúvidas, pressões e, às vezes, um sentimento de não saber por onde começar. E tudo isso é absolutamente natural.
A orientação vocacional que ofereço parte de uma escuta sensível, acolhedora e sem julgamentos. Inspirada na abordagem winnicottiana, compreendo que cada adolescente está em processo de construção de si, e que o amadurecimento pessoal caminha junto com o desenvolvimento da identidade profissional. Ou seja, escolher não é apenas pensar no futuro — é também entender o presente.
Por que fazer orientação vocacional?
Dados da pesquisa "Juventudes e a Escolha Profissional", realizada pelo Instituto Inspirare e Fundação Telefônica Vivo, apontam que 70% dos jovens se sentem inseguros na hora de escolher uma carreira. A pressão da escola, da família e do próprio mercado pode fazer com que essa escolha venha acompanhada de ansiedade e bloqueios. Em muitos casos, a decisão é feita por eliminação (“não gosto de exatas”), por expectativas externas ou por medo de errar.
Por isso, a orientação vocacional é um espaço seguro para parar, respirar e se escutar. Um momento de pausa para olhar com cuidado para suas potências, interesses e desejos — e organizar com mais clareza os próximos passos.
Como funciona o processo?
A orientação vocacional é realizada entre 4 e 8 sessões, de forma individual e personalizada, considerando a história, o contexto e o ritmo de cada adolescente.
Durante os encontros, abordamos temas como:
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Autoconhecimento: quem sou, do que gosto, o que me motiva?
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Influências familiares e sociais: o que é meu desejo e o que me foi sugerido?
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Interesses e habilidades: em que contextos me sinto vivo, capaz e conectado?
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Possibilidades de cursos, trajetórias e profissões: o que o mundo oferece hoje?
O processo inclui a aplicação do AIP – Avaliação de Interesses Profissionais, um teste psicológico validado e aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia. A devolutiva do teste é feita de forma compreensível e acolhedora, articulando os resultados com os aspectos subjetivos do adolescente.
Ao final, o adolescente sai com mais clareza sobre si e sobre suas possibilidades, sem fórmulas prontas — mas com autonomia, suporte e direção.
